Software Livre Ganha Terreno na Europa: Dinamarca Lidera Transição

O governo da Dinamarca — especificamente o Ministério da Digitalização — anunciou que, nos próximos meses, pretende dispensar o uso de sistemas proprietários da Microsoft e adotar software de código aberto em sua infraestrutura. A medida inclui a substituição do Windows por distribuições Linux e a troca do Office 365 pelo LibreOffice (heise.de). A iniciativa está prevista para ser implementada já no verão (no hemisfério norte), com metade dos computadores do ministério sendo migrados até o meio do ano, e todos os dispositivos completamente atualizados até o outono .

Os motivos oficiais são múltiplos: busca por “soberania digital” — ou seja, reduzir dependência de grandes fornecedores estrangeiros de tecnologia —, contenção de custos e reforço de segurança . Segundo reportagem da ZDNet, os custos com software da Microsoft em Copenhague dispararam de 313 milhões de coroas dinamarquesas em 2018 para 538 milhões em 2023 (cerca de US$ 53 milhões), um aumento de 72 % (linux.slashdot.org). Além disso, cidades como Copenhague e Aarhus também estão migrando para soluções open source por motivos semelhantes — econômicos e relacionados ao “monopólio” das big techs americanas (euronews.com).

Embora o contexto geopolítico — como as declarações de Donald Trump sobre o interesse dos EUA na Groenlândia — seja mencionado nos bastidores, as autoridades dinamarquesas afirmam que a principal motivação é a economia e a flexibilidade tecnológica . Não há confirmação de que a mudança seja uma retaliação direta às políticas de Trump. Uma preocupação prática também motivou a troca: há queixas recorrentes sobre bugs em versões anteriores do Windows, e críticas persistem mesmo após atualizações recentes, especialmente relacionadas ao Windows 11 .

Em resumo, é verdadeira a informação de que o governo dinamarquês está migrando do Windows e do Office 365 para Linux e LibreOffice, motivado por economias de escala, soberania digital e segurança, com implementações já em andamento. Explicita-se, porém, que, embora os desentendimentos com os EUA tenham trazido o tema à tona, não há evidência de que o movimento seja uma retaliação às políticas de Trump.

Resumo das fontes: