Olá!
Leio muito sobre ciência e tecnologia por gostar do assunto e ter relação com meu trabalho.
Os assuntos abordados às vezes são tão complexos que beiram a uma viagem do pensamento humano e, muitas vezes, são viagens mesmo.
Esses assuntos, sejam viagens do pensamento humano ou não, nos levam a pensar seriamente sobre os limites do conhecimento, o potencial infinito da criatividade e as implicações éticas e sociais das inovações tecnológicas. Eles nos fazem refletir sobre o impacto que novas descobertas podem ter na nossa vida, no futuro da humanidade e até no nosso entendimento da realidade. É como se cada avanço abrisse novas perguntas, levando-nos a reconsiderar o que achamos que sabemos.
Apesar de todo o conhecimento acumulado ao longo de milhares de anos de evolução e pesquisa, estamos à beira da extinção humana na Terra. Somos uma espécie que encontra prazer em se autodestruir em nome do poder e da dominação.
Ao falar em autodestruição, refiro-me também ao meio ambiente no qual estamos inseridos, ou melhor, do qual fazemos parte de maneira tão profunda que muitos nem sequer percebem.
Um filme que ilustra bem essa conexão intrínseca entre ser humano e natureza é Avatar. Quem assistiu o filme lembra-se que os personagens tinham uma relação com o planeta Pandora e com os animais que lá existem, muito estreitos, de forma que possuíam, se podemos dizer assim, uma interface de comunicação. A ponta do rabo de cavalo do cabelo dos Na’vi, se conectava ao animal ou a planta e eles entravam numa simbiose interespécies.
Não pense que isto é fantasia ou ficção científica!
Esse processo de interação do ser humano com o planeta Terra está sendo muito estudado e os resultados são surpreendentes. A neurociência está fazendo descobertas incríveis num campo de pesquisa chamado de BrainNet.
Quem está à frente destas pesquisas é o Doutor Miguel Nicolelis.
Doutor Miguel Nicolelis, renomado neurocientista brasileiro, apresenta uma visão única sobre a conexão profunda entre o ser humano e o planeta Terra, sustentada pela biologia e pela neurociência. Segundo Nicolelis, essa conexão não é apenas física, mas também neurológica e simbiótica. Em suas palavras, "o cérebro humano é um órgão moldado por milhares de anos de interações com o ambiente terrestre. Ele reflete, processa e responde aos estímulos vindos do planeta, e essa interdependência é fundamental para nossa sobrevivência" (Nicolelis, 2019).