São tantos os obstáculos que encontramos para atuarmos na educação pública que parece que nunca haverá sucesso em educar alguém.
A imagem que o educando e seus responsáveis tem do professor é de doutrinador e um ser superior; isto se arrasta há séculos. Juntando-se ao descaso dos governantes que colocam a educação como despesa e não como investimento.
Se ela não está parando, ou pior, estagnada, deve-se muito aos professores que ainda amam o que fazem e se propõe a tornar um diferencial na vida de alguém.
Um santo católico chamado João Crisóstomo, nascido no ano de 347 em Antioquia ao sul da Turquia e morto em 407 em Comana Pôntica cidade também da Turquia, uma vez disse: "a fé é uma obra de persuasão, não se impõe!”
A educação deve ser assim, o aluno deve se sentir impelido ao conhecimento.
Essa prática pode ser vista nesta pequena passagem pessoal: Um dia eu estava caminhando pela minha cidade e um ex-aluno me abordou e me disse: graças a você, hoje estou empregado.
Ele assimilou o conhecimento que não foi imposto, mas foi proposto numa bancada onde teoria e prática eram o cardápio da aula. Ouvir e ser ouvido, testar ideias e aprender coisas novas com quem não tem, em tese, conhecimento do que ali se passava. Isto sim é enriquecedor para ambos.
Sei que outros ex-alunos estão muito bem empregados pelos cursos que fizeram dos quais fui um dos professores mas ouvir isso: graças a você, hoje estou empregado, depois de muitos anos como professor, faz muito bem e te dá a certeza de que o caminho principal de libertação de uma sociedade que hoje, infelizmente, administra a decadência, é a educação.